A Ascensão do Low-Code: Revolucionando a Conectividade em uma Era Hiperconectada
Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde os ciclos de inovação ficam mais curtos e as demandas dos clientes mais específicas. Nesse cenário, a pressão para entregar soluções ágeis é enorme. As plataformas low-code, antes consideradas tecnologias de nicho, agora lideram uma revolução silenciosa no desenvolvimento de software. Ao permitir a criação rápida de aplicativos sem necessidade de conhecimento profundo em programação, essas ferramentas não apenas simplificam as complexidades da transformação digital, mas também conectam as necessidades de negócios à execução tecnológica de forma mais eficaz.
No centro dessa transformação, está a junção do low-code com a Internet das Coisas (IoT), onde a demanda por soluções rápidas, eficientes e escaláveis é crucial.
Em uma conversa recente, Thelma Troise, fundadora do Tudo Sobre IoT, discutiu esse fenômeno ao lado de Filipe Marques, CEO da S4 Digital Brasil. Durante o bate-papo, eles exploraram como o low-code está transformando indústrias ao redor do mundo.
Assista ao vídeo do podcast aqui.
Democratizando o Desenvolvimento: A Origem do Low-Code
Filipe comparou a evolução do low-code ao impacto de ferramentas como o Microsoft Excel.
“Da mesma forma que o Excel democratizou o acesso a cálculos e análises avançadas, as plataformas low-code democratizam o desenvolvimento de aplicativos.”
Essas plataformas eliminam barreiras tradicionais, permitindo que pessoas sem conhecimento técnico profundo criem softwares robustos. Isso acelera a transformação digital e torna o processo mais acessível.
Plataformas como Mendix, da Siemens Digital Industries Software, exemplificam essa mudança. Consistentemente reconhecida pela Gartner como líder no mercado, Mendix acelera o desenvolvimento, integra-se facilmente a sistemas legados e oferece segurança e escalabilidade. Em um ambiente onde o tempo de lançamento é essencial, o low-code atende às necessidades dos clientes com uma velocidade impressionante.
O Impacto Industrial: Low-Code e IoT
A IoT é considerada um dos pilares da Quarta Revolução Industrial, com sensores em máquinas, veículos e infraestruturas gerando enormes volumes de dados. No entanto, muitas empresas enfrentam dificuldades para usar essas informações de forma eficaz. É aí que o low-code se torna indispensável, oferecendo agilidade para criar aplicativos que interpretam, visualizam e agem sobre esses dados em tempo real.
Um exemplo notável é o da Vivix Vidros Planos, fabricante brasileira de vidros arquitetônicos. Usando Mendix, a empresa desenvolveu soluções para otimizar a produção, analisando dados de sensores nas fábricas. Essa abordagem melhorou a qualidade dos produtos, reduziu desperdícios e tornou as operações mais eficientes.
“Mesmo em indústrias com processos aparentemente imutáveis, como a fabricação de vidro, o low-code possibilita inovações significativas.”
Além do setor industrial, plataformas low-code também têm aplicações no varejo, permitindo o desenvolvimento de apps para personalização de experiências de compra, integração de estoques e previsão de demanda – tudo em uma fração de tempo necessário com métodos tradicionais.
Low-Code e Inteligência Artificial: Uma Relação Simbiótica
O potencial do low-code é amplificado quando combinado com a Inteligência Artificial. Tecnologias como a IA generativa, que cria soluções a partir de entradas do usuário, já estão integradas em plataformas como Mendix.
Filipe explicou como os desenvolvedores podem usar IA para criar modelos de dados ou ajustar fluxos de trabalho com comandos simples em linguagem natural.
“Você descreve o que precisa, e a plataforma gera um modelo de domínio em minutos.”
Além disso, a IA aprimora os aplicativos criados no low-code. Reconhecimento de imagens, por exemplo, pode ser usado em sistemas industriais para detectar defeitos em produtos, enquanto análises preditivas otimizam o gerenciamento de estoques. O que antes exigia equipes especializadas e meses de trabalho agora pode ser feito em poucas horas.
Conectando Negócios e TI
Um dos desafios recorrentes na adoção de tecnologia é a desconexão entre os objetivos do negócio e as capacidades da TI. O desenvolvimento tradicional frequentemente coloca essas áreas em conflito, com líderes empresariais lutando para traduzir suas necessidades em termos técnicos e equipes de TI sobrecarregadas com prazos apertados.
As plataformas low-code mudam essa dinâmica ao permitir que profissionais de negócios assumam um papel ativo no desenvolvimento. Conhecidos como “citizen developments”, eles utilizam ferramentas intuitivas para criar protótipos de soluções, que depois podem ser refinados e escalados pela TI. Esse modelo colaborativo garante que os aplicativos estejam alinhados com as metas do negócio, liberando as equipes de TI para se concentrarem em tarefas mais complexas.
“Low-code não substitui a TI – ele a potencializa. Os desenvolvedores passam menos tempo codificando rotinas e mais tempo criando, inovando e estruturando arquiteturas robustas.”
Superando Barreiras: O Debate sobre Vendor Lock-In
Uma preocupação comum quem tem a intenção de adotar low-code é o risco de vendor lock-in. Essa apreensão decorre da percepção de que a dependência de uma única plataforma pode limitar a flexibilidade futura. Filipe abordou essa questão diretamente, destacando que as plataformas de low-code modernas estão cada vez mais interoperáveis e adaptáveis.
Mendix, por exemplo, opera em diversos ambientes de nuvem e se integra facilmente a outros sistemas corporativos, minimizando os riscos de dependência. Olhando para o futuro, ele previu que os avanços em inteligência artificial irão reduzir ainda mais as preocupações relacionadas ao lock-in.
“Em poucos anos, a IA permitirá a migração de aplicativos entre plataformas de forma fluída, tornando o conceito de lock-in irrelevante.”
Oportunidade no Brasil: Um Território Promissor
O Brasil, muitas vezes visto como um país tardio em adotar tendências tecnológicas, tem potencial para se destacar na revolução do low-code. Com talentos criativos e uma economia diversificada, o país está em uma posição única para aproveitar as soluções low-code, especialmente em setores como manufatura, varejo, fintech e logística.
“O mercado brasileiro tem o talento, a criatividade e a determinação para superar os ciclos tradicionais de desenvolvimento. O low-code é o catalisador dessa transformação.”
Um Novo Capítulo no Desenvolvimento
Enquanto as empresas enfrentam os desafios de um mundo hiperconectado, as plataformas low-code estão se tornando ferramentas indispensáveis. Ao reduzir o tempo de desenvolvimento, fomentar a colaboração e integrar tecnologias de ponta como a IA, elas permitem que organizações inovem de maneira mais rápida e eficaz.
- Até 2028, espera-se que 60% das organizações de desenvolvimento de software utilizem plataformas low-code empresariais (LCAPs) como sua principal plataforma interna de desenvolvimento, um aumento significativo em relação aos 10% observados em 2024. (Gartner, 2024)
- Até 2029, as LCAPs empresariais serão implementadas em aplicações críticas para o negócio em 80% das empresas globalmente, em comparação com 15% em 2024. (Gartner, 2024)
A pergunta já não é se o low-code terá um papel no futuro do desenvolvimento de software, mas como as empresas podem utilizá-lo para se manterem competitivas. Para quem está disposto a abraçar essa mudança, as possibilidades são vastas e as recompensas, substanciais.
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