Europa quer enviar data centers para o espaço
A demanda crescente por data centers devido ao avanço da inteligência artificial está impulsionando a Europa a considerar opções espaciais para armazenamento digital. Um estudo de 16 meses, coordenado pela Thales Alenia Space para a Comissão Europeia, concluiu que data centers baseados no espaço são tecnicamente, economicamente e ambientalmente viáveis.
O estudo, chamado ASCEND, sugere que enviar data centers para o espaço pode reduzir significativamente a demanda por energia em terra. Isso é crucial, já que os data centers tradicionais consomem quantidades enormes de eletricidade e água para operar. A previsão é que o consumo global de eletricidade por data centers alcance mais de 1.000 terawatt-horas em 2026, equivalente ao consumo do Japão.
O projeto ASCEND propõe lançar blocos de construção de data centers espaciais a uma altitude de cerca de 1.400 quilômetros até 2036, visando iniciar a comercialização de serviços de nuvem. Cada bloco terá capacidade para 10 megawatts e será lançado em um veículo espacial único.
Para alcançar um impacto significativo na redução de emissões de CO2, o estudo aponta a necessidade de desenvolver lançadores reutilizáveis e eco-friendly, com a meta de ter o primeiro eco-lançador pronto até 2035. No entanto, especialistas como Michael Winterson alertam que os desafios incluem o alto consumo de combustível de foguete necessário para manter esses data centers em órbita.
Embora a ideia de data centers espaciais seja promissora para algumas aplicações específicas, como militares, transmissão e telecomunicações, ela não representa uma solução de substituição completa para os data centers terrestres. Questões de segurança, como a politização do espaço entre diferentes países, também são levantadas como preocupações.
Este estudo não é único: a Microsoft e outras empresas estão explorando desafios semelhantes para inovar na computação espacial. A iniciativa ASCEND representa um esforço da União Europeia para competir no ecossistema global de inteligência artificial, onde atualmente está atrás dos Estados Unidos e da China.
Os pesquisadores do ASCEND agora estão em negociações com a Agência Espacial Internacional para a próxima fase do projeto, visando consolidar dados e desenvolver novos lançadores de grande capacidade.
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